sábado, 30 de abril de 2011

Os senhores feudais 3 (XXVII)

O comité dos 300
É difícil sair desta roda porque o sistema onde estamos inseridos impele-nos a reprimirmo-nos interiormente. Ganhamos medo às nossas próprias convicções e então adaptamo-nos de modo a rejeitá-las. Não ensinam as pessoas a seguir esse caminho solitário que têm uma tremenda importância na realização pessoal. Poucos conseguem percorrer essa estrada infinita, porque os seus pensamentos são quase sempre antagonistas em relação às suas acções.

É um caminho sem fim pois a sabedoria têm esse dom, mas quem o percorre sente claramente um aumento das suas potencialidades, torna-nos mais fortes, mais (inteligentes) sábios e principalmente mais independentes nas nossas escolhas e livres quanto às nossas acções.

Mesmo na fase escolar isso é visível, muitas vezes eu tinha vergonha em dar uma resposta errada, e pensava para mim que até poderia estar certa mas nunca dizia em voz alta. Pode parecer um exemplo supérfluo mas não é, pois é na escola que matam o lobo solitário.

Por termos medo de errar, ficamos mais expostos ao conceito de grupo onde o modo de pensar e agir torna-se mais seguro, onde se sabe á partida que as ideias serão sempre aceites e principalmente nunca criticáveis.

Desligaram as pessoas do seu sentido de alerta, do seu instinto de sobrevivência, vendem-lhes o intelectualismo materialista como salvação das suas vidas, dão-lhes lixo electrónico para os distrair e acenam-lhes com estatutos morais para aquelas inteligências acreditarem que praticam causas justas. 

Os que aceitam sem pestanejar esta dádiva, serão aqueles que só acordarão quando a bota estiver em cima da cabeça deles, aí, eles despertam da "la la land". Para muitos será tarde logo ali. Nesse momento vão perceber o real significado de justiça social e igualdade para todos. Por nunca terem explorado de outro modo os seus paradigmas, só nesse preciso instante, com a bota em cima deles é que lhes é apresentada a realidade daquilo que eles tanto defendiam.

Para isto não te acontecer, é preciso que algures na tua vida desenhes uma linha imaginária, e dês o passo em frente que te falta dar, mesmo que os outros nunca o façam. Quando assim for estarás a praticar a liberdade e a lutar pelo que acreditas, estarás a ser tu mesmo, sem restrições.

A única defesa possível contra estas agressões não visíveis é começares a pensar fora da caixa, é acreditares no que não achas possível, é veres o que não foi mostrado, é ouvires o que não te dizem, é leres o que não foi escrito, é perceberes o que nunca te foi explicado.

A individualidade unida (como gosto de lhe chamar) têm de prevalecer sobre o colectivismo físico e psíquico que nos querem impor, e começa a ser tempo de entenderem isso porque vêm aí uma nova fase. Com o colapso do sistema financeiro e os países a falirem que nem um relógio suíço, tudo indica que iremos assistir à colectivização mundial do sistema financeiro, enquanto vemos o dólar a cair e a inflação a disparar em flecha.

Facto de extrema importância é a senhora Merckel em nome dos senhores feudais querer separar os aumentos salariais da inflação, isto porque com todo este dinheiro a ser impresso, iremos ter hiper inflação, se não for agora será mais à frente, quando a separação de "poderes" tiver sido feita. Querem criar uma nova linha onde a produtividade ditará os aumentos salariais, não a inflação.

Chega a ser vergonhoso ninguém reparar nestes pequenos grandes pormenores, nem mesmo os sindicatos, os mesmo que se agarram à inflação para puxar os ordenados para cima, nem deles se ouviu um zum-zum. Só na altura é que se falará disso quando já tudo tiver sido tratado pelos burocratas e assinado pelos políticos. É o tal incrementalismo socialista a funcionar.

Não é preciso ser-se vidente, basta não ouvir os opinion makers dos media e todos esses génios que aparecem com soluções mágicas. Eureka dizem eles, agora é só ideias mas quando lá estavam faziam o business de sempre, pois o estado serve os seus próprios interesses, e nem tu nem eu fazemos parte deles.

Temos de olhar para o Estado como um "spot" onde convergem os interesses das corporações privadas, sejam elas nacionais ou internacionais. É também neste "spot" que se criam os mecanismos necessários referentes á exploração das pessoas e dos recursos naturais.

Será possível que ninguém pense por um segundo que existe algo mais do que incompetência a governar o barco? É legitimo pensar que 3 países deixaram sucessivamente de ter dinheiro e foi tudo coincidência? Com mais dois a caminho?

Assunto relacionado:
http://profundaescuridao.blogspot.com/2011/04/os-senhores-feudais-2-xxvi.html
http://profundaescuridao.blogspot.com/2010/10/por-quem-os-sinos-dobram-parte-2.html

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