quarta-feira, 29 de junho de 2011

Assobiadelas (XLII)


O ciclo repete-se, um novo governo e a esperança ganha a mesma cor que tinha à 4 anos atrás, é desta dizem eles, não podemos falhar, ou melhor o povo português não pode falhar.
A escória já tratou de culpabilizar o povo pelo possível incumprimento de uma divída que ninguém sabe esclarecer, quem nunca ouviu os slogans "o povo português vai honrar os compromissos" ou "iremos conseguir ultrapassar as dificuldades". Esta espécie de jogada psicológica só precisa de tempo e repetição, as pessoas assimilarão o resto.

Basta ouvir as "opiniões públicas" que passam na TV para se ouvir as pessoas a dizerem merdas e mais merdas sobre como somos todos capazes de salvar Portugal. Este tipo de profanos (como a maçonaria gosta de nos chamar) jamais se interessam sobre o como, o quando e o porquê, deambulam de resposta em resposta, de crise em crise. É preciso esquecê-los, estão na terra do la la la, e muito dificilmente quebra-se o feitiço.

Neste momento todos esperam uma corda para sair do buraco, desiludam-se, só levarão com terra, pois foi-se pedir ajuda a quem escavou o buraco. Quem se safar teve sorte, o resto já fica enterrado.
E o mais estranho é as pessoas não quererem saber como foram lá parar, interessa-lhes somente sair e continuar as suas vidas normalmente, acontece, que quando sairmos do buraco, o mundo vai estar bem diferente.

É de louvar termos super ministros, uma merda nunca vêm só, por isso espera-se muita miséria aplicada pelos novatos que pretendem impressionar. O senhor Portas ratou-se para o ministério dos negócios estrangeiros, o que só lhe fica bem, primeiro, porque não trata de coisa nenhuma porque é a senhora Catherine Ashton quem de facto trata das relações internacionais europeias e segundo porque quando formos para eleições (seja lá isso quando for) o PSD vai de viola, como é óbvio e o CDS sempre escapa à queima ou pelo menos o senhor Portas. Temos ainda a imunidade diplomática que dá um "jeitaço" para tantas outras coisas.

Os media e os opinion makers andam a vender a ideia de que os gregos é que estão loucos, não devemos ser como eles, usam a máxima do "povo português lida de outra forma com os seus problemas", parece que estou mesmo a ouvir o cavaco a amansar as bestas.
Aquele povo, o Grego, é obrigado a aceitar o que não quer, pelo simples facto de que quando chega a altura de os politicos escolherem entre o povo e quem lhes dá de comer, nessa bifurcação, os descartáveis escolherão sempre os seus patrões e o povo grego já está a sentir isso. Nós vimos a seguir na lista. 

Mas, os comissários da Nova Moscovo já abriram um pouco o livro, querem um super ministro das finanças, alguém que controle efectivamente as finanças dos 27 países, claro que efectivamente só mesmo os parentes pobres do sul, mas que importa, é só mais um a mandar em casa de ninguém.

Qualquer meia leca honesto lia o programa da troika e mandava-os passear, só não o fazem porque sabem que têm de seguir o plano. Nunca na vida, países afundavam-se económica e sucessivamente se não fosse por um objectivo, que é de todos o mais difícil, a integração monetária e económica num todo.

Isto é facilmente comprovável visto toda a dívida ser de privados e para privados, na Grécia, a Goldman Sacchs e a Lehman Brothers é que cuidavam das contas públicas, em Portugal os bancos sejam estrangeiros ou nacionais é que detêm a dívida, na Irlanda foram os Bancos, Itália, Espanha, Estados Unidos.

http://www.indexmundi.com/g/r.aspx?t=50&v=94&l=pt

2 comentários:

  1. nao existe nada de novo para contar mano...a evidencia da cooperação está claramente na mó de cima, por isso ja estamos a caminhar para o inevitável...tenho quase a certeza que toda a ignorância ja apercebeu-se do que avizinha-se.o ciclo repete-se vezes sem conta, por isso vamos viver um dia de cada vez...

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  2. A ignorância jamais se vai aperceber do que lhes está destinado, porque caso dessem conta o ciclo não mais se repetiria.
    Viver um dia de cada vez, está destinado aqueles que sobrevivem, que vivem do ordenado de cada mês, mesmo que não queiras é a única forma.
    Não é essa a razão daqueles sobrevivem jogarem no Euro milhões?

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